Chipre – O governo do Chipre conseguiu, hoje dia 25, obter acordo prévio para receber empréstimo que poderá ser até 10 bilhões de euros da Troika – formada pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), o Banco Central Europeu (BCE) e a Comunidade Europeia (CE). Os valores que serão repassados por credor e o cronograma de liberações ainda não estão estabelecidos, assim como as exigências que serão fixadas para o governo cipriota. Por enquanto, os credores decidiram garantir os depósitos até 100 mil euros e apenas taxar depósitos bancários de valores superiores a esse. O percentual do confisco ainda não está determinado e poderá ter impacto entre depositantes de outros países. O Chipre é conhecido como um dos paraísos fiscais da Europa, utilizado especialmente por empresas e grandes depositantes individuais russos. Outra decisão foi liquidar o Banco Laiki e levar os ativos de 9 milhões de euros para o Banco de Chipre, que será estruturado conforme futuras exigências dos credores. “O plano se concentra em como lidar com os dois bancos problemáticos e proteger completamente os depósitos segurados em todos os bancos. Ele aborda de forma antecipada o problema central do sistema bancário, por meio de uma estratégia clara que garanta a sustentabilidade da dívida e não crie ônus para o contribuinte cipriota. Esse acordo prevê a base para restaurar a confiança no sistema bancário, o que é fundamental para sustentar o crescimento”, disse a diretora-geral do FMI, Christine Lagarde. O ministro das Finanças do Chipre, Michalis Sarris, considera que foi evitada uma “saída desastrosa da zona do euro”. A saída de um país da zona do euro e a perda de confiança no sistema bancário podem ser fatais para os países do Sul da Europa, como Portugal, que está sob intervenção da Troika desde abril de 2011 (Agência Brasil).